Expedição
a Três Córregos
Sete
e meia da manhã. Um sol bonito e inclemente brilha pressagiando o
calor infernal que irá fazer depois do almoço, mas, depois do
almoço ainda tá longe, de modo que, dando a partida em minha
caminhonete, a qual demora um pouco em pegar, causando-me alguma
apreensão, como gosta de fazer, me ponho a caminho.
Faço
filmes e fotos, e, duas horas depois estou na estrada de Santa Cruz,
onde constato haver esquecido de levar a chave da moto que repousa
impaciente sobre a caçamba, como que pedindo para devorar aqueles
caminhos convidativos.
Lembro
que o proprietário anterior mora na região e resolvo procurá-lo.
Talvez
tenha uma cópia da chave, penso comigo.
Sigo
em frente até encontrar uma espécie de oficina com uma placa
exótica e um 'papa-vento' esquisito. Enquanto fotografo a placa, o
papa-vento e a paisagem, surge um homem.
Bom
dia! Cumprimento.
Responde
e me olha meio desconfiado, meio intrigado, finalmente pede para que
eu tire os óculos escuro. Você não é o Vilseki, pergunta.
Pergunto, por minha vez, de onde me conhece e ele diz haver
comprado-me uma moto, quinze anos atrás. São assim, essas pessoas,
não nos esquecem nunca. Espero que ela não me tenha esquecido
também. Sigo em frente com destino à Taquarinha onde está a casa
do Celso Scheneider, na qual deveria me hospedar, mas, como resolvi
retornar à cidade já que minha estratégia de me deslocar porali de
moto se viu sabotada pelo esquecimento da chave, resolvo sequer ir
conhecer o lugar, preferindo fazer desta viagem apenas um primeiro
contato com a região, deixando os moradores para uma próxima. Ah! O
cara do papa-vento, com muitos gestos enfáticos explicou-me onde
morava o 'Tatu', ex proprietário da moto. Mas, pareceu-me demais
complicado chegar lá, de modo que desisti da empreitada, agendando
já uma visita a ele, da próxima vez, pois, veja só a coincidência,
o cara é cortador de pedras, tem uma pedreira no fundo do quintal,
sendo, portanto, objeto das minhas pesquisas.
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