OLHOS FECHADOS
Deito
cansado por ter ido até São Luiz do Purunã, passando pela Faxina. Não que eu tenha ido a pé, não! fui em
minha caminhoneta impulsionado por um possante motor V6. Mesmo assim estou
cansado. E me dou a esse direito de assim estar e de não ir à aula de dança a que
me havia proposto.
Pego
o livro do Mário de Andrade, mas os olhos começam arder embrasados pelo muito
sol que houve nesta tarde radiante de julho, e, quando as letras dessa tíbia
literatura começam a queimar apago um abajur (tenho dois), fecho os olhos
(também tenho dois), mas volto a abri-los, subitamente, ao lembrar que
esquecera um compromisso com um grupo de teatro. Bem! Que fazer? Melhor voltar
aos olhos fechados, o que me obriga a parar de escrever
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