CONSUMISMO - Querida! Outra vez! – disse o marido , complacente, à exuberância loira que acabara de entrar, feliz e estapafúrdia, pela ampla e confortável sala onde estava sentado diante do lep top e um mundo novo demais para que ele o pudesse decifrar. Ela apenas se postou a sua frente. Sem nada dizer olhava-o por sobre os óculos escuros, enormes, tão grandes quanto o preço que custaram, com as sacolas da mais diferentes grifes dependuradas nos braços e ombros, parecendo uma árvore de natal suntuosamente enfeitada. - Você podia se dedicar a alguma coisa mais nobre de vez em quando, ao invés de simplesmente ir ao Shopping gastar. Ela continuou parada, sem se mover, na mesma atitude, parecendo uma deusa do consumo que se houvesse personificado à sua frente e agora condescendesse em deixar-se adorar por breves momentos. Embora a visão daquela beleza bem vestida, bem cuidad
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