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Mostrando postagens de abril, 2010
SANSÃO E GOLIAS GOLIAS - Que mais podemos dizer ou escrever que Nietszch já não tenha dito melhor. Poderia, talvez, acrescentar algo sobre as mulheres mas, valerão elas meu tempo ou a tinta da minha caneta? Penso hoje, do alto da minha maturidade e sabedoria de velho, que deveria tê-las despido todas, exposto seus corpos, seu bem maior, já que alma, ali dentro, se existe, é muito pouca. Se consentissem desfrutaria delas, esse pobre tesouro e, se não, que fossem pronto, sem que me furtassem tão preciosa moeda, a mais preciosa de todas, já que a este tesouro nada podemos acrescentar: meu tempo. SANSÃO - Eu, mais que as mulheres e a natureza, que é o que mais amo, mais que isso, amo o jovem que fui um dia, este ser tão frágil e desprotegido, levado prá lá e prá cá tanto pelos ventos e tempestades, como pela mais leve aragem. Com ímpeto compulsivo buscava, com todas suas poucas forças, o que há de belo e melhor na criação. Buscava ver beleza em tudo e como lhe eram penosos e fe
AGÊNCIA INTERESTELAR - Então, 65 anos e finalmente resolve se aposentar... que tal Marrocos? Com 800 dólares a mais posso te conseguir uma esticadinha à Grécia, com hotel, café da manhã e traslado ao Partenon e um monte de outras velharias – disse o amigo, vendedor de passagens, não, vendedor de passagens não, dono de uma “Companhia de Turismo”. Prosperara muito nesse negócio e agora a cara lustrosa e o ventre proeminente ostentavam sua bem sucedida carreira. - fará você se sentir um jovenzinho - arrematou. - O quê? - Aquela velharia toda. Fará você se sentir um jovenzinho. E, se não se sentir jovem, verá o valor das coisas velhas. Te garanto, meu amigo, depois dessa viajem, vai mudar teus conceitos sobre você mesmo, as pessoas e o mundo. Veja eu, depois que entrei nesse negócio de viagens, comecei, como era natural, a viajar, e isso me mudou completamente; passei a ver o quanto somos insignificantes, o quanto é medíocre essa nossa cidadezinha, quanto os problemas insolúveis
PEDRO E AS BORBOLETAS AMARELAS Lá na Faxina, próximo a São Luiz do Purunã, existe um Senhor chamado Pedro Pinheiro. Há tempos este homem se dedica a extração de um minério ali existente, próximo à sua casa. Com picareta e um carrinho de mão traz, através de uma trilha em meio à mata, as pedras que arranca com pedidos de desculpas à natureza e as deposita na beira da estrada. Qualquer um que passe por esta bucólica região poderá ver, pouco antes da igreja, no lugar onde há um pontilhão sobre o rio Assunguí, este amontoado resultante do labor do Seu Pedro. Este minério é utilizado por uma indústria de louças como um dos componentes na fabricação da sua porcelana. Quando ele pensa haver o suficiente para uma carga deixa o trabalho e vai pela estrada ouvindo a música do rio, seguido por uma nuvem de borboletas a pairar em torno dele como uma aura dourada. Sempre gentil e sorridente este homem pratica, há mais de trinta anos, aquilo que hoje chamamos: desenvolvimento sustentável. Se fos