peça teatral O BILHETE PREMIADO ou UM DIA DE SORTE Personagens A- arlequim 1 –Eulália 2 –Chico M1- Karla G – Gangster- P – Pai policial D – Santa Efigênia ARLEQUIM – um dia de sorte pode ser apenas um dia comum, igual a qualquer outro. Talvez você tenha tido sorte sem nunca saber que a teve, talvez tenha tido sorte pelo simples fato de não ter tido azar, ou, talvez a sorte esteja justamente em não ter tido sorte. Sorte, segundo o padrão vigente do senso comum pode, muitas vezes, significar muito azar, o que, no final das contas pode ser uma sorte danada. ( Chico e Eulália sentados à beira do palco) 1 – Lembra daquela vez que choveu ? 2 – Lembro . Choveu tanto que os peixes morreram afogados . 2 – (Chora) 1 – (Brusco ) – Que foi ? 2 – Os peixes . 1 – Ora ! Peixes nascem e morrem todos os dias . É igual gente não vale a pena chorar por eles . 2 – Puxa ! Ainda bem . 2 – Que dia é hoje ? 1 – 12
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condenado
Encontrava-me sentado, placidamente, à borda do alpendre em frente a uma casa simples, muito comum na região onde vivo. O piso de cimento alisado e encerado, refletia de modo baço, minha figura de condenado. Balançava as pernas, batendo com os calcanhares à parede da área, onde esta terminava em abrupto degrau com mais de um metro de altura. “Meu pai deve estar próximo, ou, quem sabe, meu anjo da guarda”- pensei comigo, pois sentia uma paz e serenidade incondisentes com o momento. Esta sensação penetrava-me pelas costas e ombros, exatamente do mesmo modo como sentia penetrar-me, comumente, as impressões ruins dos ambientes pesados, como os de certos lugares onde trabalhei. Não sentia culpa ou remorso e tampouco sabia a razão – ou sabia e não lembrava – por que havia sido condenado. Pensava nisso quando senti – creio haver percebido seu reflexo no cimento – o algoz aproximar-se. - Está na hora! - disse ele. E, a estas palavras senti deixarem-m
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